Realidade que assusta “o mundo desigual”

Malu Nicole, 15 anos mora em frente a praia de Navegantes, em um apartamento que da para ver uma deslumbrante paisagem paradisíaca, a entrada do Porto, os molhes, a praia, a restinga, os decks e ciclovias, ao som do cantar mágico das ondas que se arremetem a areia da praia.

Estuda no Sinergia, tem aulas de música, teatro, acesso a completa tecnologia, usa um belo I-phone, e tem acesso uma estrutura extraordinária, são dois automóveis na garagem, bicicletas, mobiliário nobre com direito a smart tv curva de 50 polegadas no quarto, e geladeira cheia, tudo de bom para comer a hora que quiser.

Amanda Elisa, 15 anos, mora na meia praia, na invasão, o pai é catador de reciclável, na casa com um único cômodo, dormem os pais e mais duas irmãs, devido a pandemia e por não ter internet, está sem estudar, sua vista é de outros barracos isolados num cantinho da cidade.

Sem estrutura o jeito é pensar em algo pra fazer, desta forma a vida segue em polos extremos de desigualdade social, é utopia imaginar que um dia a sociedade pode ser igualitária, mas se não podemos impor isso, podemos dar condições para que essa desigualdade seja suprida com a máquina pública.

O Brasil ocupa um dos piores lugares em rankings mundiais de aprendizagem e, na pandemia, desmantelou um remédio contra o abismo social: a educação.

Desigualdade social é a diferença econômica que existe entre determinados grupos de pessoas dentro de uma mesma sociedade.

Isto se torna um problema para uma região ou país quando as distâncias entre as rendas são muito grandes dando origem a fortes disparidades.

Em tese, sempre haverá desigualdade social, pois é impossível que cada um tenha exatamente as mesmas quantidades de bens materiais.

Inúmeras são as causas que aumentam a distância entre ricos e pobres. As mais comuns estão:

Má distribuição de renda

Má administração dos recursos

Lógica de acumulação do mercado capitalista (consumo, mais-valia)

Falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e educação

Falta de oportunidades de trabalho

Corrupção

Umas das consequências mais graves são a pobreza, a miséria e a favelização. Ademais, a desigualdade social traz:

Fome, desnutrição e mortalidade infantil,

Aumento das taxas de desemprego

Grandes diferenças entre as classes sociais

Marginalização de parte da sociedade

Atraso no progresso da economia do país

Aumento dos índices de violência e criminalidade

Mesmo que o país nos últimos anos tenha apresentado uma diminuição da pobreza, o nível de desigualdade social no Brasil ainda é notório.

Seja pelo seu passado escravocrata, seja pela falta de investimentos na infraestrutura, o Brasil ainda apresenta níveis muito grandes entre os mais ricos e os mais pobres.

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Jornalista EA6559SC

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