Crise no MDB de Navegantes: tentativa de controle gera debandada e pedido de intervenção estadual
O MDB de Navegantes mergulhou em uma grave crise política após a tentativa de manobra partidária liderada pelo atual presidente, Fredolino Alfredo Bento (Lino), para manter o controle da sigla. A eleição para a nova executiva, marcada para a última quarta-feira (15), escancarou um racha interno entre os filiados e levantou apelos por uma intervenção do diretório estadual.
Lino tenta impor sucessor e enfrenta resistência
A manobra de Lino tem um objetivo claro: cacifar o veterinário Samuel Paganelli como pré-candidato a prefeito, em uma tentativa de suceder o atual prefeito Liba Fronza. A estratégia, porém, não encontra apoio dentro do partido. A maioria dos membros considera Samuel um nome sem viabilidade eleitoral e rejeita qualquer imposição autoritária.
Em contraponto, cresce dentro do MDB o nome do empresário Joãozinho Matos, CEO da Faculdade Sinergia, considerado pré-candidato natural a prefeito por representar renovação, diálogo e liderança consolidada. Além disso, Joãozinho já é apontado como possível pré-candidato a deputado estadual, representando Navegantes em esfera estadual.
Tentativa de fraude expõe crise interna
Durante o processo eleitoral, Lino tentou burlar as regras ao incluir três delegados partidários na votação, mesmo sabendo que o estatuto limita o direito de voto aos 21 membros do diretório. O próprio Lino, sendo delegado, teria direito a votar duas vezes. Os demais delegados foram indicados por ele mesmo.
A tentativa de fraude levou à retirada em bloco de 11 membros, incluindo quatro ex-presidentes do partido, os vereadores Arthur Emílio e Jonas de Souza, além de suplentes e lideranças locais. Nenhum dos 11 pré-candidatos a vereador participou da eleição, tornando o processo ainda mais questionável.
MDB dividido e sob risco de intervenção
A crise no MDB de Navegantes revela a disputa entre interesses pessoais e projetos legítimos de liderança. A tentativa de manter o partido sob controle para beneficiar um aliado isolado gerou revolta e isolamento político. Agora, cabe ao Diretório Estadual do MDB decidir se intervém para preservar a legalidade e restaurar a confiança interna.
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