Município de Criciúma retoma serviços funerários após escândalo
Operação Caronte expõe corrupção no sistema funerário de Criciúma
Após ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Justiça determinou que o município de Criciúma reassuma a administração da Central de Serviços Funerários. A decisão, que suspende a atuação de empresas investigadas a partir de 1º de fevereiro de 2025, revela graves irregularidades, como favorecimento em licitações e conluio entre empresários e agentes públicos. A operação expõe práticas abusivas, incluindo aumento de preços e redução da qualidade dos serviços prestados, afetando diretamente famílias enlutadas.
Fraudes e favorecimento marcam operação contra empresas funerárias
Segundo o MPSC, empresários beneficiados pelas fraudes chegaram a redigir partes de decretos municipais para garantir seus interesses, enquanto o poder público permitia abusos, como o ajuste de preços que elevou em 76% os custos para os consumidores. Além disso, caixões gratuitos foram restringidos, prejudicando os mais vulneráveis. A Operação Caronte já resultou na acusação de 21 réus, incluindo o prefeito Clésio Salvaro, investigado por corrupção e crimes contra a ordem econômica.
Transição planejada promete restaurar transparência no serviço público
A decisão judicial obriga o município de Criciúma a garantir a continuidade dos serviços funerários sem interrupções, seja através de administração direta ou nova concessão emergencial. Servidores municipais deverão ser remanejados para garantir o atendimento às famílias e o cumprimento do rodízio entre funerárias. Com multa de R$ 50 mil para descumprimentos, o caso reforça a necessidade de transparência e fiscalização no uso de recursos públicos.